Biodanza Clínica e Saúde Mental


A Biodanza Clínica é uma aplicação da biodanza a grupos específicos na área da saúde. Esta aplicação requer conhecimentos específicos para cada grupo, sejam sobre psicologia clínica, psicoterapia, reabilitação, educação biocêntrica, etc., além de uma metodologia específica.

Segundo Sarpe (1995), a Biodanza é uma abordagem geradora de efeitos terapêuticos e pedagógicos que “pretende não só recuperar níveis elevados de saúde como atuar de forma profilática possibilitando aos seus participantes uma reeducação para um cotidiano que respeite as necessidades vitais básicas”.  

Na mesma linha de pensamento, Santos (2013, p. 44), referencia que a Biodanza atua comoum sistema terapêutico e educacional, em sentido amplo e complexo, de vinculação intrapessoal, social, cultural, ecológica e transpessoal, ativando os geradores multidimensionais de saúde”. De acordo com a autora, a biodanza “ocupa um lugar na profilaxia – no sentido de uma reeducação do sujeito total – com especial atenção para o inconsciente vital, que é a sua inteligência biológica”. (Santos, 2013, p.44).

São-nos apresentados inúmeros benefícios da aplicação da Biodanza a grupos específicos na área da saúde, nomeadamente através da experiência de Biodanza em Hospitais Psiquiátricos em diversos países, que permitiu estabelecer que os doentes psiquiátricos melhoram, entre outros, os seguintes aspectos: elevação do humor endógeno, melhoria da comunicação expressiva e da linguagem, restauração da afetividade e da motricidade (fluidez, intencionalidade, harmonia motora).[1]

Santos (2013), referencia-nos que através da indução de vivências integradoras, as disfunções e seus sintomas vão diminuindo e mesmo desaparecendo. A dinâmica da sessão promove uma variação de estados de humor e ativação de sistemas psiconeuroimunológicos. Segundo a autora, a aplicação da Biodanza é capaz de produzir (Santos, 2013, p.44):
·      Maior liberdade de expressão, amorosidade e afetividade, contato prazeroso com o próprio corpo e com os outros;
·      Fortalecimento da identidade;
·      Redução do stresse, de estados ansiosos e depressivos;
·      Ativação do ímpeto vital, da vontade de viver e o regozijo de estar vivo;
·      Regulação social e autorregulação;
·      Intensificação da capacidade de amar;
·      Possibilidade de sentir prazer sem culpas;
·      Apropriação e fortalecimento da identidade pessoal e vinculação com a espécie.




[1] Guias de Estudo da Escola de Biodanza de Lisboa, Sistema Rolando Toro, 2014.


Workshop Biodanza nas Jornadas de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar Lisboa Central:

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